Eu sou triste. Sempre fui ou eu acho que sempre fui.
A única coisa que sei é que, hoje, a melancolia se entranha em minha carne, tais como as duplas hélices compõem nosso DNA.
Está dentro.
Tão dentro que minha pele coça diariamente para que eu arranque esse desânimo interno.
Mas ao mesmo instante, não quero que ele vá embora. Estamos juntos há tanto tempo…
Eu fico com medo de que quando ele se vá, não tenha como comparar quando a felicidade chegar e não saiba identificá-la no meio do turbilhão.
Desse modo, ficamos nós dois, o abismo e eu no maremoto eterno, até que um dos dois se afogue por completo.