As palavras não saem mais.
Mas ao mesmo tempo, sinto transbordar alguma coisa aqui dentro.
É difícil lutar contra si mesmo, quem melhor para saber seus pontos fracos que você? Eu costumava correr em círculos dentro do labirinto que eu mesma havia criado. Uma hora cansa, hoje abro as paredes na base do soco.
Agora mesmo, despejando essas frases que sequer fazem sentido, forçando a botar para fora algo que não sei. Está tudo bem minhas mãos doerem, desde que esse monstro não fique preso. Ele começa pequeno porém cresce rápido demais quando não exala.
O Tártaro da minha mente já está superlotado, então as coisas têm que sair. Por mais que o Porão cresça suas garras, suas portas são feitas de papel e todo tipo de coisas escapam de lá. Cabe a mim, a porteira desse meio termo, guardar tudo e explodir ou mostrar a saída. Ainda que machuque.